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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Muito drama, muita emoção e a vitória!

Assim pode ser definido o jogo do título que acaba de conquistar nesta tarde a Tuna Luso Brasileira. A águia guerreira do Souza ficou em 1º lugar na 1ª fase do Campeonato Paraense 2011, e classifica-se assim à 1ª divisão do mesmo, juntamente com o Castanhal. Sou remista de coração, mas confesso que torci muito pela equipe, pois considero que uma força incontestável do futebol paraense E nacional não pode ficar de fora da divisão de elite do nosso futebol.

A situação hoje, antes da última rodada, era a seguinte: Castanhal em 1º lugar, com 13 pontos; Ananindeua em 2º, com 12 pontos e Tuna em 3º também com 12 pontos, porém perdendo no saldo de gols. Precisava ganhar e torcer por um empate ou derrota de um dos times à sua frente, já que só há duas vagas para a 1ª divisão. O Ananindeua jogou com o Time Negra (ou "Papão B", como alguns chamam, por se tratar de um projeto de base do Paysandu - fracassado, por sinal), último colocado e já rebaixado para a 2ª divisão. Um time sem qualidade e perspectiva de coisa alguma, mas que segurou um empate heroico (olha a nova ortografia aí, gente!) contra a Tartaruga do ex-Leão e injustiçado Landú. A mesma coisa o Sport Belém contra o Castanhal. Agora só dependia da Tuna ganhar lá em Mãe do Rio do Santa Rosa, também rebaixado.

O jogo, que começou com 20 minutos de atraso, foi muito tenso, com a Tuna precisando da vitória para se classificar e o Santa para se escapar do rebaixamento. O 1º tempo passou em branco. No 2º, aos 19, pênalti para a águia do Souza. Fininho (se apresenta no Remo segunda feira) bateu e abriu o placar: 1x0 Tuna.

Mas a alegria cruzmaltina durou apenas 1 minuto. Num contra-ataque fulminante, o Santa Rosa empatou a partida. Tudo igual no Jãozão.

Com todos os outros jogos da rodada encerrados e os olhos voltados para este jogo, a Tuna seguia pressionando pelo gol da vitória, da classificação e, com o empate dos dois rivais, do título. Chegava à frente da área e chutava para fora. 42 minutos e nada. O juiz deu 3 minutos de acréscimo. É então que, aos 47, o meia Giovane faz o tão esperado gol da vitória. Tuna 2x1 Santa Rosa. É festa no Souza hoje!

Meus sinceros parabéns à equipe, que começou perdendo para o Castanhal e apresentando um futebol medíocre, mas que cresceu na competição e com muito foco e raça, chegou a esse título, e o mais importante, à classificação. Mostraram porquê tem uma torcida reduzida, porém fiel, no estado do Pará.

Que consigam excelente classificação no Parazão 2011! Campeão infelizmente não serão, porquê essa taça já é do meu Leão - mas vai ser bom não ver um RePlay na final, só pra variar.

Abraço, e até a próxima!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A crise do PanAmericano e o reconhecimento de Silvio Santos

Recentemente, o mercado financeiro do Brasil foi sacudido por uma notícia surpreendente: o banco PanAmericano, pertencente ao grupo Silvio Santos, havia sofrido um golpe e estava com um rombo de mais de 2,5 bilhões de reais. A repercussão foi imediata. As ações da empresa caíram, investidores perderam dinheiro e aqueles que dependiam financeiramente do mesmo entraram em desespero. Afinal, a quebra de um banco do porte do PanAmericano seria desastrosa para a economia nacional e - por quê não? - sulamericana. "Seria", pois o banco não faliu. Para cobrir o rombo, o empresário Silvio Santos reuniu suas outras várias empresas (Baú da Felicidade, SBT, Jequiti, etc) e ofereceu como garantia para conseguir um empréstimo, a ser pago em 10 anos.

Para muitos jovens de até 30 anos, como eu, que já nasceram ouvindo falar do Silvio e sabendo de seu patrimônio, é no mínimo estranha a frase "Silvio Santos está pobre". Claro que a verdade não é bem essa, mas que ele agora possui uma dívida gigante sobre os ombros, possui. Após declarar que "quem pagar a dívida leva o SBT", especulações já foram feitas, inclusive a de que Eike Batista, o maior bilionário do Brasil, estaria interessado em adquirir a empresa. Os parentes de Silvio estão sendo demitidos do grupo SS, e a moral do empresário certamente deve estar em baixa.

Agora há pouco, no entanto, li uma notícia que muito me alegrou: a de que telespectadores estariam oferecendo mensagens de apoio e ajuda financeira ao apresentador, que já recebeu dezenas de e-mails e cartas. Duas delas:

"Pessoal do SBT", começa a primeira mensagem, "Peço que mandem uma conta do Grupo SS para que eu possa depositar um pouquinho das minhas economias para ajudar o Silvio que tanto tem ajudado o povo sofrido. (Assinado Jorge)"

"Silvio você é o cara. Já ajudou muita gente e agora é nossa vez de ajudar." (Adriano, via hotmail)

A matéria completa você pode conferir aqui: UOL Notícias

Me alegra em ver que o povo brasileiro, mesmo com sua simplicidade e não estando em plenas condições de ajudar ninguém, queira ajudar a salvar da falência um poderoso empresário. Explico: Silvio não é um milionário qualquer. Não nasceu rico, nem ganhou na loteria nem herdou uma grande quantia. Pelo contrário. Todos sabem qual foi uma das primeiras profissões do apresentador: camelô. Um homem simples, que veio de baixo, e começou sua carreira em uma continuação da extinta TV Tupi, que agora lhe pertence, a SBT (que até então, antes do seu programa de auditório, não era notável).

A TeleSena, o Baú da Felicidade, todos são formas de ganhar dinheiro, é verdade. Mas as pessoas se sentem agradecidas por terem esse tipo de programa. Do Teleton, então, nem se fala. O carisma do apresentador não é um falso, temporário, como o de José Serra. Ele realmente gosta de estar com as pessoas, se diverte, e é feliz no que faz - e não apenas pelo dinheiro. Tanto que até transferiu este sentimento para o novo slogan da Rede Televisiva: "SBT: A TV mais feliz do Brasil".

Falem o que quiser de Silvio Santos, mas que sua credibilidade e reconhecimento pelas massas são enormes, são. E Vox Populi, Vox Dei. Esperem pra ver se aconteceria o mesmo caso uma das filiais da Globo falisse. Nada! Uma emissora elitizada, que defendeu a ditadura militar e lavou as mentes do povo para que elegessem Collor de Mello e que hoje fala em "liberdade de imprensa" jamais teria uma prova deste reconhecimento que Silvio está tendo agora.

Isso me lembra as teorias do nosso querido Maquiavel, que dizia que, em certos casos, é melhor ser temido do que amado. Bom, se há casos em que isso é verdade, não discutirei aqui. Mas nesse específico, a repressão, a tortura e o despotismo da ditadura (patrocinada pelas Organizações Roberto Marinho) geraram sentimentos que em nada se comparam aos que Silvio conseguiu despertar na população brasileira. A ditadura conseguiu terror, e não respeito; Silvio conseguiu amor e respeito ao mesmo tempo. E agora, José Nicolau?

Portanto, deixo aqui meus sinceros parabéns a um dos maiores empresários desse país, e que conquistou esse povo maravilhoso através de seu carisma e suor (assim com um dos meus maiores ídolos , o Tio Patinhas!). Que o grupo Silvio Santos se reerga e que o SBT não tenha de ser vendido, e que o nosso apresentador preferido continue proporcionando tardes de entretenimento [a quem assiste o programa] - e muitos Top Fives do CQC.

Um abraço, e até a próxima!

sábado, 2 de outubro de 2010

Três de outubro e as eleições no Brasil

Pois é, pessoal. Amanhã, dia 3 de outubro, é dia de elegermos nossos representantes pelos próximos 4 anos. Presidente, governador, senadores e deputados. Todos fichas limpas! ...Ou não?

A população bem que tentou. Reuniu assinaturas e enviou ao Congresso, que aprovou. Mas agora a discussão é se a lei da Ficha Suja será usada ou não nestas eleições. Enquanto isso, as votações transcorrerão normalmente amanhã. A candidatura de Jader Barbalho, dono do Pará, prossegue intocada, afinal.

Aliás, como vão as pesquisas mesmo? Mais de 50% das intenções de voto pra senador, não é isso? Político mais votado do estado? Novidade... Diz um professor meu do cursinho: "gente, o povo merece sofrer. É, porquê votam no Jader! Não têm discernimento? Não sabem que coisas ele fez? Sabem sim... E mesmo assim votam".

Amanhã é dia de votar consciente, galera. Votar em pessoas preparadas, que tenham propostas, e que não vão pro debate só pra criar picuinha. Reflitam bem, e principalmente olhem para trás. Quem já passou 12 anos no governo do Estado? Quem passou 4? Que partido passou 8 anos na presidência privatizando empresas, aumentando a inflação e a dívida externa? E que outro partido passou esses mesmos 8 anos zerando os juros da dívida, deflacionando e estabilizando a economia e fazendo da Petrobrás uma das maiores empresas de energia do mundo? Pois é.

É preciso votar com inteligência. Se acharem que determinado candidato é o melhor pro governo do estado ou do país, votem em deputados e senadores de mesmo partido, ou de partidos coligados a ele. Não adianta eleger um presidente de um partido e um governador da oposição, porquê a coisa não flui. O ciúme e as disputas políticas fazem com que um ate as mãos do outro. E aí ninguém faz nada.

Não tenho medo de dizer, e acho que é até desnecessário, pois já devem ter percebido: voto na Dilma sim. Não pela pessoa que ela é, mas pelo partido. Se a proposta é continuar o melhor governo que o país já teve, então ela tem o meu voto. Não tenho nada contra a Marina, mas ela me decepcionou muito ao apoiar a usina de Belo Monte. Acho sua construção extremamente discutível, inclusive na questão necessidade. Em contrapartida, os prejuízos ambientais e culturais são enormes. Pelo partido a que ela pertence, acredito que ao menos questionado a usina ela deveria. A não ser que o PV não seja mais defensor do uso sustentável e preservação do meio ambiente. Porque aí tem que mudar de nome, né?

Não sou petista ferrenho, apenas Lulista ferrenho. Gosto muito dos ideais e dos candidatos do PSOL. Tanto que não me importo que o Edmilson tenha saído do PT, votarei nele sempre. Nem se compara sua gestão de Belém à atual de Duciomar.

Nossa história política de eleições diretas é recente, gente. Tivemos Sarney, Collor (que de tão bom foi deposto) e FHC, todos de partidos de extrema direita. Nossa economia, que já vinha afundada desde a ditadura, sofreu golpes ainda maiores, com privatizações de empresas estatais e aumento da inflação. Nem quero pensar o que aconteceria no Brasil se fosse o PSDB a estar no governo durante a recente crise capitalista.

Digo tudo isso de consciência tranquila, pois não é politicagem. São fatos. É só comparar e atestar.

Abraço, e bom voto a todos amanhã!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Copa do Mundo e o poder do Twitter

Pois é, galera! 2010, tempo de Copa do Mundo na África do Sul! Que, aliás, marca a primeira vez que o país sede não passa da primeira fase do mundial. Uma pena... As seleções africanas em geral decepcionaram. Não esperava por isso. Achei que Gana, Costa do Marfim e Camarões fossem passar, têm bons jogadores. Especialmente Gana, cuja seleção sub-20 é a atual campeã do mundo, vencendo o Brasil na final nos pênaltis ano passado. Aliás, acredito que muita gente desconheça, mas sabem quem estava nesse time? Paulo Henrique Ganso. Neymar estava na seleção sub-17, que foi eliminada na 1ª fase.

Hegemonia total do continente americano! Uruguai, Argentina, Brasil, Chile e Paraguai são líderes de grupo, além do México, que se classificou também, e com méritos - tá jogando muito! Já as seleções europeias não empolgaram. França, eliminada na 1ª fase sem vencer ninguém. Alemanha, goleada sobre a Austrália e derrota pra Sérvia. Inglaterra empatou com a Argélia, que é um dos times mais fracos do mundial. Espanha perdeu pra Suíça, e Itália não passa de dois empates. Só Portugal parece ter feito um grande resultado: 7x0 sobre a Coreia do Norte, maior goleada da copa até aqui. Mas não se enganem: a Coreia que jogou contra Portugal foi muito inferior à que jogou contra a nossa seleção.

Um resultado merecidíssimo para a França aliás, não só ao meu ver como ao de muita gente. Especialmente na Irlanda, que perdeu nas eliminatórias por causa de um gol de mão de Thierry Henry. O grupo veio para a copa desacreditado e totalmente desunido, sem coerência e com muitas brigas internas. Anelka foi afastado após discutir com o técnico, Raymond Domenech, que não quis cumprimentar Parreira após a derrota para a África do Sul de hoje! Disse que o brasileiro havia criticado a seleção francesa no decorrer da 1ª fase, e que eles não mereciam estar ali. Parreira disse nem se lembrar de falar da França. Eu hein...

Sem dúvida, Espanha, Holanda e Alemanha ainda não fizeram grandes resultados, mas vão despontar nas próximas fases. Têm excelentes seleções.

Mas ainda assim, acredito numa final Brasil X Argentina. Estão jogando muito, os nossos hermanos! Messi é realmente um excelente jogador. Sabe o que fazer com a bola. O calcanhar de Aquiles dos nossos rivais, no entanto, é exatamente o ponto forte do nosso time: a defesa. Temos o melhor goleiro do mundo, o melhor zagueiro do mundo (Lúcio) e o melhor lateral direito do mundo (Maicon), enquanto Maradona conta apenas com o vazado Demichelis. Quem manda deixar de convocar Javier Zanetti, atual campeão da Liga dos Campeões pela Inter de Milão, e que fazia a dupla de zaga com Lúcio, constituindo uma defesa totalmente impenetrável no time italiano? Como diz o "craque" Neto: é brincadeira...

Meus palpites: Espanha e Holanda irão muito bem nessa copa, obrigado. Mas Paraguai, Chile, Uruguai e México podem surpreender. Os times europeus e a Argentina que se cuidem! Nossa seleção está muito bem, e Kaká vai calar a boca de todos os corneteiros nos próximos jogos. Podem escrever. O hexa pode ser nosso, sim!

E a galera do Twitter, hein, gente? Mandando ver na encheção de saco ao Galvão! Que, aliás, é só uma retribuição; ô cara chato, meu! Narra até velório! Ninguém merece. Prefiro até ouvir o Neto ficar dizendo o tempo todo que o cara tem que bater de chapa do que ele.

Mas o melhor mesmo é o CALA BOCA TADEU SCHMIDT, criado logo após a briga de Dunga com a Globo, em que o treinador brasileiro peitou a emissora, que queria entrevista exclusiva e tudo. Aos que não estão a par, situar-los-ei: numa entrevista coletiva após o jogo contra a Costa do Marfim, Dunga falava sobre a atuação de Luís Fabiano, quando o repórter Alex Escobar, da rede Globo, fez uma careta e um sinal de negativo com a cabeça. Dunga parou a resposta e perguntou a ele: "Algum problema?". Ao receber um "não, nenhum" como resposta, disse: "Ah bom. Pensei que tinha". O problema é que logo após, Dunga ficou um tempo calado e depois proferiu uma série de palavrões ao repórter. Bem baixinho, mas que foi pego pelo áudio do microfone (muito provavelmente de forma intencional).

Em outra ocasião, Fátima Bernardes tentou uma entrevista exclusiva com a seleção, alegando que o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, havia permitido. Dunga negou, dizendo que quando fosse dar entrevista, seria para todos. E que se Ricardo reclamasse, ele entregava o cargo na mesma hora. Tadeu Schmidt, jornalista da Globo, leu então um discurso durante o programa "Fantástico" totalmente inflamado de críticas a Dunga, e sobre como tudo o que ele faz é uma "afronta ao direito de livre imprensa do país". O pessoal do Twitter, num ato de pura consciência crítica, como muito se duvida que haja nos brasileiros, não engoliu essa; tascou um CALA BOCA TADEU SCHMIDT no 1º lugar dentre os tópicos mais falados no mundo todo, e ainda está promovendo uma campanha: o Dia Sem Globo, que consiste num boicote durante 24h à emissora mais manipuladora desse país. Ela acontecerá no dia 25/06, sexta-feira, mesmo dia do jogo entre Brasil X Portugal. Para mais informações, a tag no microblog é #DiaSemGlobo

Só lembrando aos navegantes que os canais da rede SporTV!, exibidos na TV fechada, também pertencem à Globo. Portanto, pra quem for participar, assista ao jogo somente na Band ou na ESPN. E não estão perdendo muito não, viu? Tirando o Milton Leite, que pra mim é o melhor narrador de jogos de futebol do país (super simpático e muito engraçado narrando), e o Lédio Carmona, que é um dos poucos comentaristas com cérebro na televisão, não tem nada muito melhor lá que Galvão Bueno e Júnior. Aliás, tem um comentarista que consegue ser pior que o Júnior e o Casagrande juntos: Paulo César Vasconcelos. Corneta é com ele mesmo! Falou mal de todos os jogadores da seleção o jogo todinho, só parando na hora dos gols. Mas logo depois, ele voltava a falar mal de novo. Pra ele, se substituírem o Kaká pelo Landu do Remo, não vamos sentir diferença alguma. Até meu primo se irritou, e soltou um: "Desce lá e joga, bonzão!". True.

É isso aí. Como um cara lá no Twitter disse, se o brasileiro se unisse pra fazer algo de bom ao invés de ficar Twittando, o país seria bem melhor. Mas ces't la vie, não é mesmo?

Um abraço, e vibrem muito com a nossa seleção!

BRASIL RUMO AO HEXA!

terça-feira, 20 de abril de 2010

A narração e a imaginação

Hoje no cursinho a minha professora de redação começou sua aula dando alguns conceitos básicos sobre esta nobre arte chamada escrita. Ao falar sobre os textos de caráter narrativo, ela citou as duas pessoas do singular comumente usadas para o narrador: a 1ª e a 3ª pessoas. Na 1ª, o narrador participa da história; portanto, é narrador-personagem. Na 3ª, ele não o faz, de modo a ter total ciência de todo o enredo em seus mínimos detalhes. Mas ao fazer isso, ela excluiu uma das pessoas: a 2ª. Excluiu "você".

Você mesmo, leitor, que está neste momento lendo o que eu escrevo. Nunca ouvi falar, e portanto nunca li, uma história que tenha sido escrita em 2ª pessoa. Talvez porquê não haja, ou porquê não seja a preferência da maioria dos escritores. De fato, é um tanto complicado de imaginar: o que seria um texto escrito em 2ª pessoa? Na 1ª, estou narrando um fato que acontece comigo; na 3ª, estou descrevendo um fato que está ocorrendo à minha frente, mas sobre o qual eu não interfiro. Vejo-o, mas não ajo sobre ele. Na 2ª pessoa seria, portanto, como se eu estivesse "controlando" a personagem da história. Mas não uma personagem criada por mim, e muito menos eu mesmo. Esta personagem só poderia ser você, a pessoa que está lendo o texto. O narrador, portanto, criaria uma história, com lugar e tempo definidos (tempo é opcional), e faria com que ela interagisse com o leitor de modo a fazê-lo entrar na história e interferir com ela. "Mas como isso é possível, já que as histórias são escritas e não se pode alterá-las?", você pode perguntar. Mas será que não se pode mesmo? Vamos tentar?

Abaixo escrevi uma pequena narrativa [supostamente] em 2ª pessoa. O espaço e tempo são definidos ao decorrer da história, e a personagem não possui nome ou características fixas, pois trata-se de você, leitor. Tentarei fazer com que você penetre na história e, baseado em pontos mutáveis da mesma, faça-a moldar-se ao seu gosto. Portanto, ajude-me e use a imaginação, pois sem ela isso não será possível. E não ligue pras várias e irritantes repetições do pronome "você".

"Anoitece. Você se encontra agora envolto em uma névoa densa e escura. Um brilho aperolado, que qualquer astro senão a lua seria incapaz de emitir, é sua única fonte de luz para guiar-lhe o caminho. Questione-se. 'Onde estou?'. Nobre pergunta-padrão da curiosidade humana. Ao olhar ao redor, você vê árvores com galhos já um tanto apodrecidos pela umidade do local. No chão, a grama lamacenta indica a presença de charcos próximos. Os coaxos de sapos e os zumbidos das libélulas disputam espaço em seus ouvidos, mas perdem para o ensurdecedor silêncio da noite. Suas narinas, no entanto, não têm problemas em identificar o cheiro de mofo e madeira encharcada. É isso, seus sentidos não podem mais enganá-lo: você já sabe onde está.

Continue andando. De repente, o silêncio da floresta é cortado pelo barulho mais horrível que você já ouviu na vida. Sim, de fato você já ouviu este barulho antes. Talvez ele o assuste, mas também o intriga; você resolve ir atrás da fonte deste ruído. Você agora corre através de folhas secas e poças de lodo, até encontrar uma pequena cabana abandonada no meio do nada. Questione-se. Que perguntas faria a si mesmo a respeito disso? Não importa, pois você não terá as respostas. Ou pelo menos não do lado de fora da cabana; é então que resolve adentrá-la.

Você chega perto da casa e a observa. Seu estado, sua cor. A porta, com a maçaneta dependurada, logo é aberta. O cheiro de fungos dos mais variados tipos e idades o asfixia; o ar aqui certamente não é puro. Mas depois de um tempo, o ar de fora mistura-se com o de dentro e você se acostuma. Tirando a luz do luar, não há nenhuma fonte de luz próxima, e você tem dificuldades para enxergar o interior da residência. Passados alguns minutos, no entanto, suas pupilas se dilatam e você adquire esta capacidade. Olhe ao redor. Nas paredes laterais à porta, desenhos infantis que lhe são muito familiares. Na mesa central da sala há um vaso de flores já mortas, e uma série de silhuetas retangulares são cobertas por um pano de sua cor favorita. Você caminha até ela e retira o tecido; portarretratos são revelados. As fotos, já desgastas pela umidade e poeira, são pouco visíveis, mas você as reconhece mesmo assim. Já as viu na casa em que esteve no dia mais feliz da sua vida. E os desenhos? Você os olha novamente; estremece. São idênticos à sua grafia. Sente um súbito desejo de ir embora, mas no pequeno cômodo, que é o único da casa, há ainda um móvel para ver: um grande armário no canto da sala.

Você reluta. Questione-se. 'Que pode haver lá dentro?' Você sabe que essas e outras perguntas só serão respondidas quando você o abrir. Tomado por um misto de receio e curiosidade, você caminha lentamente em direção a ele. As tábuas soltas da casa rangem; o ar se agita; a porta atrás de você se fecha; o cheiro de mofo invade-lhe novamente as narinas e o sufoca. Mas você já não liga. Está tomado pela instigação, pela vontade de satisfazer sua mais profunda ânsia de saber, que já levou tantos e tantos homens a glórias e também a infortúnias. Seus olhos já se acostumaram com a ausência de luminosidade; seus pulmões não necessitam mais de ar. Seu único combustível é a sede de conhecimento. Suas mãos, trêmulas, seguram os fechos da porta do armário, prontas para abri-lo. Mas isso não é necessário.

Subitamente, as janelas e a porta da casa se abrem. Vagarosamente, e então, de supetão, as portas do móvel se abrem, e lá está o que você tanto quis ver. A coisa mais assustadora que jamais lhe ocorreu imaginar, mas que parece estranhamente familiar. Questionar-se? Não há tempo; o pavor já tomou conta de você. Suas suprarrenais já injetaram tamanha quantidade de adrenalina em suas veias que a alternativa a sair correndo é ter um ataque cardíaco ali mesmo. E é o que faz. Por poucos segundos você viu aquela coisa, mas foram o suficiente para que ela se fixasse em sua mente. E à medida que você se afasta daquele local, deixando sapos comedores de libélulas atolados nos charcos, a casa vai tranquilamente voltando ao seu normal; portas fechadas, portarretratos sobre o pano tingido, o ar nitroso. A lua é encoberta por nuvens espessas, privando-o da certeza do caminho que percorre. Mas você não liga. Só quer se afastar o máximo possível daquele local."

Vê a dificuldade que é criar um texto desse tipo? Por mais que eu tenha tentado mergulhá-lo na história, é quase impossível não controlá-la nem que seja um pouco. Mas a essência acho que consegui. Pontos como o local onde está, a aparência da casa, das roupas que você está vestindo, dos desenhos na parede, da cor do pano, das fotos nos portarretratos, do aspecto do "barulho horrível", e o mais importante, da coisa "mais assustadora que já viu na vida", são cruciais pra história, e ao mesmo tempo subjetivos, pois não são descritos pelo autor, forçando o leitor a imaginá-los e defini-los. Em situações normais, por exemplo, seria preciso explicar o que foi "o dia mais feliz da sua vida". Mas como se trata de você, só você mesmo sabe ;)

Pra mim, uma narrativa em 2ª pessoa seria mais ou menos assim. Achei divertido. E você?

Um abraço, e até a próxima!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

As várias faces do humor brasileiro e sua história

No último sábado, dia 10 de abril, estreou na Record o "Legendários", um programa humorístico que promete concorrer com o Zorra Total, da Globo, exibido no mesmo horário.

Durante o programa, o Twitter do mesmo ficou exibindo as várias mensagens enviadas por pessoas ao redor do país elogiando os quadros e atuações dos seus participantes. Basicamente, a Record trouxe diversos personagens da MTV e juntou todos num programa só. É o caso de Marcos Mion, Mionzinho, os integrantes do Hermes e Renato e João Gordo.

Logo no início do programa - e isso foi sendo repetido pelo Mion ao decorrer dele -, foi dito que ele pretendia uma inovação na TV brasileira, sem as mesmices de se colocar mulheres seminuas rebolando na tela ou quadros com apelação sexual. Ótimo, né?

Bom, não foi o que aconteceu.

Foi realmente um sarcasmo muito bem empregado do Mion, pois a primeira coisa que fizeram questão de mostrar foram as mulheres de biquíni e o quadro com temas super interessantes, como impotência sexual e ejaculação precoce.

Sinceramente, eu não vi graça nenhuma naquele programa. Não teve inovação alguma. Aliás, até quadros do antigo programa do Mion eles aproveitaram, como a dublagem de músicas feitas com o Mionzinho. As piadas são velhas e forçadas.

E é por isso que é hora de falar sério. Não estou aqui simplesmente pra criticar um e defender outro, e sim pra analisar os nossos atuais programas humorísticos.

A começar pelos mais antigos, como Casseta e Planeta, Zorra Total e Praça é Nossa. O primeiro sempre baseou suas piadas em apelos sexuais ou políticos, mas hoje está ainda pior, reciclando piadas já recicladas; o segundo, a mesma coisa; o terceiro, vez ou outra, graças à simpatia do Carlos Alberto de Nóbrega, produz algo decente. Mas no geral não empolga.

Pânico na TV, programa idolatrado por muitos acéfalos e incultos, é um típico exemplo do que faz sucesso no Brasil: totalmente baixo, com quadros como mostrar mulheres de biquíni na praia, fazer um cara gordo ser torturado pra que todos riam dele ou fazer pessoas se passarem por idiotas em rede nacional. Uma vergonha, como diria o provavelmente expectador desse programa, Boris Casoy.

Na verdade, até os veteranos do humor no Brasil andam se saindo melhor (ou menos pior) que os atuais. O Show do Tom, por exemplo, conta com duas figuraças do nosso país: Tom Cavalcante e Tiririca. Até a nossa geração teve a oportunidade de ver Tom Cavalcante quando era menor. Ao lado de Chico Anísio, Golias e Nair Belo é um dos maiores gênios nessa área, indiscutivelmente. E o Tiririca, apesar de usar as mesmas piadas de sempre, tem crédito, pois tem um jeito muito engraçado.

CQC, é, de fato, um dos poucos programas que se salva dentre os humorísticos. Claro que ele não é perfeito. Por vezes faz um humor de mau gosto, como procurar humilhar pessoas (exemplo: os políticos, que apesar de safados, ainda assim são pessoas) para produzir risadas. Isso de fato não é legal. Aliás, isso é da própria personalidade do Rafinha Bastos, já perceberam? Sempre que tem a oportunidade, ele fala mal de alguém. E se acha hilário por isso. Mas no geral, as piadas do programa são inteligentes, voltadas a pessoas com um mínimo de conhecimento cultural e consciência social. Dizer que Legendários ou Pânico será algum dia melhor que esse programa é uma tremenda idiotice.

Mas apesar de ser o melhor, o CQC não conta com o melhor humorista em exercício atualmente no nosso país: Marcelo Adnet. Quem assiste os programas do qual ele participa na MTV (sobreviveu às garras da Record, ufa!) sabe a qualidade que ele tem. O carisma, o jeito com as palavras, a capacidade de improvisação, e mesmo o talento e cultura que ele possui são inigualáveis. Qualquer programa que tenha ele já é promessa de sucesso. Tem ou terá, sem dúvida, seu lugar dentre os grandes do humor nacional.

Portanto, vamos mostrar que nós, brasileiros, não somos como esses BABACAS pensam que somos: burros, incultos e esquecidos. Façamos por onde para melhorar o nível dos nosso programas humorísticos, e não ficar assistindo porcaria na TV.

Um abraço e até a próxima!

segunda-feira, 22 de março de 2010

The Notting Hillbillies e o Country/Soft Rock

Venho aqui postar um CD de uma banda que acabei de conhecer e ouvir: The Notting Hillbillies!

Na realidade um projeto realizado no fim dos anos 80 por nada mais nada menos que Mark Knopfler, guitarrista, vocalista e líder dos Dire Straits, The Notting Hillbillies lançou seu primeiro e único álbum, "Missing... Presumed Having a Good Time" em 1990. Os outros integrantes são Guy Fletcher (teclado e vocais) Steve Phillips (guitarra e vocais), Brendan Croker (idem), Ed Bicknell (bateria), Marcus Cliffe (baixo), Chris White (sax) e Paul Franklin (Pedal Steel Guitar, uma espécie de guitarra em que se usa um bastão para tocar ao invés dos dedos. Presente na maravilhosa composição "Your Latest Trick", do próprio Dire Straits).

Por algum motivo, nem todos os membros da banda aparecem na capa... Mark é o 2º da esquerda pra direita.

Seguindo a linha do Country/Soft Rock, ao estilo dos Eagles, The Notting Hillbillies conseguiu, sob a maestral produção de Knopfler e Fletcher, conciliar uma das melhores obras do gênero. Com músicas ora agitadas, ora mais calmas, mas sempre com a qualidade indiscutível dos diversos instrumentos que a banda usa. Destaque para a guitarra e o teclado.

Dou grande crédito às 4 músicas que considero as melhores, as 5 estrelas do disco: Bewildered, Your Own Sweet Way, Run me Down e Feel Like Going Home. A primeira lembra muito as músicas de Toy Story; a segunda é cantada por Knopfler e tem arranjos de guitarra geniais no final; a terceira tem um estilo bem Country, quase pendendo para o Twist, e tem arranjos de teclado geniais; por fim, Feel Like Going Home tem uma melodia muito suave, agradável e uma excelente atuação dos guitarristas da banda.

A banda nunca mais lançou álbuns, mas vez em quando se reúne para fazer shows pela Europa. Mark Knopfler na ativa!

Download: FilesTube

Excelente álbum, ganhou um 4 estrelas merecidíssimo do chato de galochas AllMusic. Vale a pena baixar e ouvir!

Um abraço, e até a próxima!

sábado, 20 de março de 2010

Emoção, dança e MUITA alegria!

Se eu tivesse de dar um título à festa que tivemos hoje, seria esse. Apesar de que ele não exprime, nem ao mínimo, tudo o que sentimos hoje. Muita gente alegre, dançando, alguns chorando (de alegria, emoção, etc), muitas cores, luzes, sons, tatos, gostos, sentimentos... Tudo isso misturado, tudo num turbilhão de tudo que o corpo humano é capaz de sentir - e talvez até um pouco além. Nunca esqueceremos essa noite, que com certeza, será conhecida pra sempre como "aquela que não acabou". Jamais me senti mais alegre, solto e à vontade do que ali, junto dos meus amigos, numa pista de dança (e olha que nem dançar eu sei!). Sem dúvida, memorável. E mais do que isso: inesquecível.

Sem mais palavras. Só precisava descrever isso de alguma forma, compartilhar, escrever, pôr pra fora, sei lá. Ainda que ninguém leia esse blog (xD), eu precisava fazer isso. O êxtase dura até agora, e olha que já são 23 horas sem dormir.

Única descrição que eu posso dar: indescritível!

Um forte abraço a todos vocês, meus amigos, companheiros, colegas, seja o que for, por me proporcionarem esse momento! Amo-os muito mesmo!

sábado, 13 de março de 2010

O cinema e o terror psicológico

Ultimamente, megaproduções milionárias, cheias de efeitos especiais, e, mais recentemente, em 3D, têm sido a grande jogada dos produtores de filmes ao redor do globo para adquirir grande público e fazer "aquela" grana fácil. Os filmes que prezam mais pelo roteiro, considerados "intelectuais", sempre estiveram à margem desse sucesso, seja porquê as pessoas não se interessam por eles, seja porquê não os compreendem.

Mas dessa vez, depois do grande sucesso de Avatar, chega às telonas uma dessas pérolas do cinema mundial, estrelado por Leonardo de Caprio (aliás, um ator que construiu sua carreira em cima dessas megaproduções): Ilha do Medo.

O filme seria lançado ano passado, mas os produtores acharam que não seria uma boa ideia disputar bilheteria com Avatar. Sábia decisão...

Sem muitos efeitos especiais, com um roteiro fantástico baseado no mais puro e belo terror psicológico, ao melhor estilo Edgar Allan Poe, e uma bela atuação do elenco que o compõe, Ilha do Medo, do diretor Martin Scorsese, se passa nos anos 50, e conta a história de Teddy Daniels, um investigador federal que é chamado para averiguar a fuga de uma paciente de um manicômio. Parece simples? Acontece que o manicômio fica numa ilha no meio do mar, e sua segurança é a mais reforçada do país, pois lá estão os tipos mais perigosos de doentes mentais. O único jeito de sair ou entrar lá é através de uma balsa que sai pontualmente em algumas manhãs. Teddy e seu parceiro, Chuck, se deparam com um mistério envolvente, sombras do passado de Teddy (sua mulher morta num incêndio, e o fato de ter servido aos EUA na 2ª Guerra Mundial) e muito suspense. O espectador logo se percebe tomado pelo clima de mistério, conspiração e terror psicológico contra a mente do personagem principal - e de si próprio, já que tem que tomar suas próprias conclusões quando os fatos lhe são apresentados.

Com um desfecho totalmente inusitado e apavorante, Ilha do Medo sem dúvida merece um lugar nos registros da história como um dos melhores filmes já produzidos. Mérito de Martin, dos roteiristas e de todo o elenco, em especial aqueles que interpretam os doentes mentais, por uma excepcional e convincente apresentação.

Ilha do Medo estreou essa sexta, dia 12 de março, e deve ficar umas duas semanas em cartaz. Portanto, não perca sua chance de apreciar esta verdadeira obra de arte em uma tela de 250 polegadas. Chega de tanto Avatar e Crepúsculo, né?!

Um abraço, e até a próxima!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

The Yellow Moon Band e o Rock psicodélico inglês

Olá, pessoal! Depois de um bom tempo sem dar as caras por aqui, resolvi passar pra postar álbuns de uma banda que eu "descobri" ano passado: The Yellow Moon Band.

Ela é muito recente e só lançou um CD até agora, no início do ano passado, que segue a linha do rock psicodélico, apesar de ser um pouco mais agitado e menos misterioso que o "verdadeiro" dito cujo, imortalizado em álbuns como The Division Bell, do Pink Floyd. É praticamente prog rock também.

A banda foi formada em 2007, na Inglaterra, pelos músicos Mathew Priest (Bateria), Rudy Carroll (Guitarra e Mandolin), Danny Hagan (Baixo), Jo Bartlett (Guitarra) e Ali Byworth (Bateria também). Seu primeiro - e único até aqui - álbum foi lançado em janeiro de 2009, entitulado Travels Into Several Remote Nations of the World (Viagens Às Nações Mais Remotas do Mundo, numa tradução livre), e foi baseado no subtítulo da obra As Viagens de Gulliver, de Jonathan Swift.

TiSRNotW - até a sigla é grande!

O disco conta com músicas muito bem arranjadas, com guitarras e baterias muito bem tocadas e um ótimo uso do Mandolin. O álbum é praticamente instrumental, a não ser por um simplório vocal (Pa pa pa ra pa pa pa ra ra ra ra pa....) na primeira música, Polaris, e dois ou três parágrafos de letra na segunda, Chimney, que é cantado por todos, ou quase todos, os membros da banda.

Na minha modesta opinião, as duas primeiras músicas são as melhores. As outras são muito boas também, mas as duas primeiras, como "comissão de frente" do CD, são bem animadas e muito bem executadas. Vale a pena baixar e conferir! Tenho certeza que depois de ouvi-lo ficarão ansiosos pelo próximo álbum dessa recente, porém ótima, banda.

Infelizmente não encontrei nenhum link confiável para baixar o CD de uma vez só. Mas abaixo segue o link para download das 7, separadas. Talvez achem até melhor, pois podem baixar as duas primeiras e ver de cara a qualidade da banda.

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Segue a ordem das faixas para vocês arrumarem depois:

  1. Polaris
  2. Chimney
  3. Entangled
  4. Maybach
  5. Focussed
  6. Domini
  7. Lunadelica
Um abraço, e até a próxima!