Bom, este é o início deste blog, que não sei exatamente porquê resolvi começar. Ter um espaço para comentar situações do dia-a-dia, indicar bandas e postar contos é realmente legal, mas não pode ser só isso. Deve haver algum motivo a mais. Mas quem sou eu para me julgar? "É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros", já dizia o rei de um dos planetinhas que o Pequeno Príncipe visitou.
Bom, a ambiguidade do título do blog dá-se pela minha incrível falta de criatividade para criá-los (os títulos). "Deep Blue" é o nome de uma música da banda brasileira Angra (e que sobre a qual farei um post mais tarde), mas também é, segundo uma rápida pesquisa minha, o nome de um "supercomputador criado pela IBM especialmente para jogar xadrez, com 256 co-processadores , capazes de analisar aproximadamente 200 milhões de posições por segundo". Curioso...
Um dos pontapés para a criação desse blog foi uma situação que aconteceu comigo hoje. Voltava para casa quando sobe no ônibus um senhor já de idade, muito magro e cambaleante. Apresentou-se com um nome que não me recordo, mas que é algo próximo de "Alcílio". Disse que foi professor da UFPa, que estava acometido de uma leucemia e precisava tratar-se. Disse ainda que tinha sido assaltado e perdeu tudo, e andava de transporte em transporte pedindo algum dinheiro para ajudar-lhe em tal sentido. Desci, pois era realmente minha parada, mas junto comigo desceram várias pessoas que estou certo de que não iam fazê-lo. A simples presença daquele senhor as incomodava, e achei aquilo muito triste. Vim andando pela rua das Mercedes (aquela ali perto de São Braz que fica entre a 25 de março e a José Bonifácio, bem próximo do Formosa) e lá vi também diversos moradores de rua, deitados, uns dormindo, outros fitando o horizonte. Perdidos, distraídos. E isso me fez pensar em quanto reclamamos de nossa boa vida. Pelo menos quanto a mim, tirando minha vida sentimental, ela é perfeita. E mesmo assim não sou plenamente feliz.
Pra um post de estreia (sem acento) é só. Fico por aqui.
P.S: Falando em língua portuguesa, quantas ênclises, não? É que elas são mais legais.
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