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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Angel's Cry (1993) e a errata de um presunçoso

Depois de milênios sem postar aqui, venho cá postar o resto da discografia da melhor banda dos 4 continentes (eu sei que são 5, mas... Europa... Inglaterra... Sabe como é, não dá pra competir): Angra!


Angel's Cry, primeiro álbum da banda

Lançado em 1993, Angel's Cry segue um padrão que se vê em todos os outros álbuns (com exceção de Temple of Shadows e Aurora Consurgens): possui 10 faixas, é iniciada por uma música instrumental que continua diretamente na segunda faixa e tem uma música homônima do disco. Comparado aos próximos trabalhos deles, Angel's Cry não é uma obra-prima, mas é realmente muito bom para um disco de estreia.

Antes de mais nada, gostaria de pedir de joelhos minhas humildes e mortais desculpas a Kiko Loureiro. "Quem é esse?", você pergunta. Exatamente por isso peço desculpas. Loureiro é o parceiro de Rafael Bittencourt desde o início da banda até hoje, e é tão perfeito guitarrista quanto ele. Portanto, no meu post anterior, favor leiam "Bittencourt e Loureiro" onde eu disse apenas "Bittencourt".

Bom, falando do álbum; ele é iniciado por Unfinished Allegro, instrumental, que continua na faixa seguinte, Carry On. Esta, assim como grande parte das músicas do disco, é de um metal um pouco mais pesado do que se viu em Holy Land. Ou seja, somente Power Metal ao invés de Power-Progressive Metal. Mas já se vê que Loureiro e Bittencourt são mesmo músicos de qualidade.

Angel's Cry, homônima do disco, tem um ritmo bem bacana, marcado pela bateria de Alex Holzwarth. "Holz-o-quê? A banda não é brasileira?". Bom, sim. O baterista da banda, que aparece no encarte do CD e tudo o mais, é Ricardo Confessori. Mas na verdade, nesse álbum, quem assume a maior parte das gravações é esse alemão que mencionei. Depois de fazer esse ótimo trabalho com o Angra, ele foi integrar uma bandinha qualquer aí chamada "Rhapsody of Fire". É, rapaz, tá pensando o quê? O nível aqui é profissional!

Alguém aí já jogou Megaman? O X1/X2/X3? Pois é, quem já jogou vai se identificar muito não só com Stand Away, mas com o estilo geral do disco, pois é bem parecido. Vai ver que o Rafael e o Kiko eram músicos da Capcom antes de integrar a banda. Aliás, espere só pra ouvir Freedom Call. Tem uma versão orquestrada maravilhosa dessa música, onde as guitarradas são trocadas por música clássica. Linda, linda.

Ôxi, bixim, cê é nordestino? Então tu vai achar Never Understand a miór faixa desse disco, sem dúvida! Eu, pelo menos, acho. Nortistas e nordestinos são praticamente irmãos, e eu amo a música e a comida dos nossos amigos do sertão. Essa faixa é introduzida por um trechinho bem nordestino, visse? Com violão, mas depois com guitarra, bem ao estilo Angra. Ouve aí e me diz se o solo [que é feito aqui por Dirk Schlächter, Kai Hansen (considerado o fundador do Power Metal) e Sascha Paeth (que depois vai ser produtor de Holy Land!), sendo que este último é quem faz os trechos nordestinos no violão] aos 4:00 não é puro Megaman?! Depois ela fica mais agitadinha e tem uns vocais bem arretados. É paid'égua! Epa, isso é paraense...

A faixa 7, Wuthering Heights, é bastante bonita. Mas ao ouvi-la vocês se perguntarão: "Isso é Angra?". Bom, na verdade, não. Essa música é de uma cantora dos anos 70 chamada Kate Bush. Vi um dia desses o clipe dela na MTV, e posso afirmar que a vocalização do André combina com a original. Bittencourt e Loureiro fazem um trabalho genial aqui, assim como Thomas Nack, baterista convidado para essa música.

Streets of Tomorrow, Evil Warning e Lasting Child fecham o disco, com ótimos trabalhos de todos os membros da banda.
A segunda com ótimos trabalhos de guitarra+bateria e a última com um lindo trabalho nos teclados, violão e vocais de André Matos, que é também seu compositor. Um indício da influência clássica que a banda sofreria nos próximos álbuns, como Holy Land e Rebirth.

Bom, já mencionei o nome de todos, então aqui vai a escalação completa da banda até 1998:

André Matos - Vocais, teclados, violão
Kiko Loureiro - Guitarra
Rafael Bittencourt - Guitarra
Luís Mariutti - Baixo
Ricardo Confessori - Bateria

Links para download: Rapidshare

Bom, sobre a "errata de um presunçoso"... Lembram-se que no post de Holy Land eu disse que André Matos tinha errado na pronúncia da palavra "pushing"? Bom, segundo minha professora de inglês, ele pronunciou corretamente. "Não existe e nunca existiu 'pâshing'", disse ela. Puxa, e eu que aprendi e ouvi a vida toda errado...

Até a próxima com Freedom Call!

4 comentários:

  1. Concordo em parte com a tua afirmação de que o Angra é a melhor banda dos quatro continentes e essa parte é a que diz que a Inglaterra tem as melhores bandas do mundo.

    Analisemos as Américas: tem o ZZ Top, Mountain, Weather Report, Gov't Mule, Macaco Bong, Rush, Lynyrd Skynyrd... Hum, o Angra só é a melhor banda de três continentes agora.

    Passemos à Oceania: tem o AC/DC... Hum, o Angra só é a melhor banda de dois continentes agora.

    Agora a Ásia: tem o Guruh Gipsy e o Abbahama, da Indonésia... Hum, o Angra só é a melhor banda de um continente agora.

    Restou a África: não tem bandas boas por lá, mas prefiro o som dos batuques tribais que qualquer um feito pelo Angra... Hum, o Angra é a melhor banda de continente nenhum!

    Sim, o Oscar por delicadeza ainda é meu...!

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  2. Eu já sei que não gostas de Angra, não precisa vir me dizer isso aqui. Só ouvistes Holy Land, e considerando que o álbum é carregado de influência folk brasileira, o teu não-gostar deve-se mais ao fato de não apreciares a música nacional (ele não gosta de BOSSA NOVA, gente, vejam o nível da criatura) do que não teres realmente achado a banda boa. Os caras são excepcionais, os guitarristas pra mim são dois dos melhores na atualidade, e apesar de serem uma banda de metal, fazem ótimos arranjos neoclássicos. Ouve o teu Stormwatch pra lá que eu ouço o meu Holy Land pra cá, ok?

    E sim, eu ainda te amo, mas disputemos o Oscar na próxima...

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  3. Pontos a esclarecer:

    1. Eu só disse o que disse por pedido teu, senão, considerando que tu gostas da banda, não teria exposto minha opinião sobre o Angra.

    2. Quanto ao fato de não gostar de bossa nova, isso não torna meu nível músico-cultural (eu sei que não existe essa palavra) diminuído, pois gosto é subjetivo demais para chegares e dizer: "Não gosta de bossa nova? Puta merda..." Considero meu nível músico cultural bastante elevado, gosto de Rock Progressivo, Jazz, Blues, Folk Britânico... Eu lá preciso de bosta nova?!

    3. Stormwatch é foda. Foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda, foda,fodaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!!


    Faça bom uso desse Oscar fictício.

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  4. Opinião é opinião. Reduziste minha banda preferida a merda e eu te chamei de baixo nível por não gostar de Bossa Nova. Quem deveria ter se ofendido mais? Pois é. Fazer o quê.

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