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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Freedom Call e o folk brasileiro

Essa foi rápida, hein? Arrumei um tempinho livre e vim aqui postar mais um álbum da minha banda favorita.


Freedom Call, EP lançado em 1996

Segundo EP (Extended Play; não é grande o suficiente para ser considerado álbum, nem curto o bastante para ser considerado single) da banda, lançado em 1996, conta com apenas 1 música nova (homônima do disco), já que as outras duas já tinham sido lançadas em Reaching Horizons, primeiro EP da banda.

O EP se inicia com a própria Freedom Call, que tem um ritmo que lembra o estilo de Holy Land. É sucedida por Queen of the Night, que tem uma introdução muito interessante com violino e guitarra e um ótimo solo dos nossos amados Kiko e Rafael.

Logo após temos Reaching Horizons, maravilhosa obra composta por Bittencourt, que conta com belíssimos (alô professora Rosa!) arranjos de violão por André Matos. A guitarra aparece como secundária aqui - raríssimo de se ver, hein?

Bem, as faixas seguintes nós já conhecemos. São Stand Away, em uma linda versão orquestrada (as guitarradas foram substituídas por uma orquestra, acreditem!), Deep Blue, em versão reduzida, e...

Hm? Ah, sim... Antes de Deep Blue tem Painkiller... Eu preferia pular esse. Painkiller é de composição da banda Judas Priest, e é puro Heavy Metal. Os arranjos de guitarra até que passam, mas a introdução de bateria é irritante e a vocalização é uma aberração. Horrível, horrível. Não ouçam a não ser que queiram perder tempo e ficar surdos.

Agora vem a parte boa! Três músicas gravadas em um show na França. Aliás, o público metaleiro francês parece gostar bastante de folk. A primeira, Angel's Cry, tem um arranjo um pouco diferente da original, mais leve. Só que eles misturaram elementos - pasmem! - de música latina (uma paraguaia) e portuguesa (foliculi foliculá, foliculi foliculá... lá lá lá, foliculi foliculá!)! São 8 minutos de muita diversão, em especial na parte em que eles fazem um false end e a plateia aplaude - hehe.

Na sequência, vem uma que eu achei bastante interessante. Vejam vocês, Angra é uma banda excepcional exatamente porquê não se prende a um único estilo. Eles adoram misturar metal, que é a base deles, com os mais diversos estilos musicais. Mas tem um único estilo que eles não podem mexer, por ser perfeito demais: a Bossa Nova! E não mexeram mesmo. A música seguinte, Chega de Saudade, de composição de Tom Jobim, não foi alterada em uma nota sequer. Só Luís Mariutti no baixo e André Matos no violão - cantando em português, é claro.

Lembram-se que eu falei da versão de Never Understand? Pois é, ela vem agora. Um pouco mais leve que a original, como Angel's Cry, dessa vez ela é introduzida, além do arranjo original, por uma das mais famosas músicas nordestinas: Asa Branca, do nosso grande mestre Gonzaguinha! E a plateia adorou. Mas é contagiante mesmo.

Conclusão: apesar de contar com apenas uma música nova e ser menor que os outros álbuns, Freedom Call vale muito a pena. Mostra a versatilidade desse ótimo grupo. E como diria Galvão Bueno: é do Brasil-sil-sil!

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Até a próxima com Fireworks!

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