Nooossa, quanta teia de aranha por aqui! Faz tempo que não escrevia nesse blog... A primeira coisa a fazer foi tirar aquele layout bonito, porém sombrio daqui. Afinal, não precisamos de mais negatividade do que a que já recebemos todos os dias, não é verdade?
Não sei se isso é realmente um retorno, ou apenas uma vontade repentina. Não sou um blogueiro de fato e de direito, e há muito tempo não tenho tido vontade de postar aqui. Mas hoje é um bom dia pra relembrar esse espaço, porquê dia 20/07 é o dia do amigo!
Aqueles que estão sempre do nosso lado,
Deep Blue
Um espaço para reflexões, escritos e [muita] música
quinta-feira, 19 de julho de 2012
terça-feira, 10 de maio de 2011
Uma goleada e um jogo pra ninguém botar defeito!
Assim foi a partida de ontem, 9/04/2011, entre Remo e Tuna, pela 6ª rodada do campeonato paraense. Teve de tudo, pra todos os gostos: apagão de refletores, briga com bandeirinha, homenagem a jogador e até briga de outro jogador com sua própria torcida.
A partida começou sonolenta pelo lado azulino, e a Tuna, dizem, motivada pela declaração do zagueiro Rafael Morisco de que a lusa era a "pequena" dentre os grandes paraenses, entrou aguda no jogo. Tanto que Adriano Miranda, logo aos 2 minutos, acertou um chute de média distância e abriu o marcador: Tuna 1x0.
Aos 11 minutos, alguns refletores do estádio Evandro Almeida se apagaram. Questionado por repórteres, o juiz afirmou: "esperaremos 30 minutos. É o bom senso.". "E se não voltarem em 30 minutos?", perguntou o repórter. "Esperaremos mais 30 minutos. É o bom senso", papagueou o árbitro.
No entanto, não foi preciso esperar tanto. Após 22 minutos de paralisação, o jogo recomeçou. A pausa fez bem ao Leão, que entrou mais ligado no jogo. Tanto que 2 minutos mais tarde, Rodrigo Dantas foi derrubado na área pelo goleiro e ídolo da torcida remista Adriano: pênalti, cobrado com maestria pelo capitão Morisco. 1x1.
O jogo permaneceu truncado até o final da 1ª etapa. Enquanto a Tuna aproveitava-se das falhas de marcação adversária, o Remo assustava com as jogadas em velocidade de um dos jogadores com mais raça e vontade que já vi jogar: Jaílton Paraíba. E olha que ele nem é paraense, nem remista, nem nada. Só honra a camisa que veste, ganhando um salário que não chega a 5% do que ganham outros tantos jogadores sem vontade por aí. Depois não entendem quando a torcida os chama de "mercenários"...
Na 2ª etapa o Remo continuou melhor. Jaílton Paraíba, pelo grande esforço, saiu contundido e foi substituido por um GÊNIO da bola: Finazzi, que mesmo no alto de seus 37 anos esbanjou vontade de jogar. E o dia não era mesmo de Adriano: após mais uma falha da defesa cruzmaltina, o Paredão foi obrigado a derrubar Dantas na área. Segundo pênalti cobrado com perfeição por Rafael Morisco, um dos artilheiros do jogo: Leão 2x1, de virada.
Apenas alguns minutos mais tarde veio o lance de genialidade: Finazzi recebe a bola na entrada da área pelo lado direito, e tinha tudo para entrar e chutar pro gol. Mas não. Com uma visão de jogo, inteligência e experiência de poucos no futebol brasileiro, deu um passe pelo alto, encobrindo todos os zagueiros à sua frente, e entregando a Rodrigo Dantas, na esquerda, ficar cara a cara com Adriano e mandar pro fundo das redes: Remo 3x1.
Após o gol, seguiu-se uma confusão entre os jogadores da Tuna e o bandeirinha do lado direito, que cobria o lance. Culpa da arbitragem, fraca e confusa, pois o bandeira hesitou em correr pro meio do campo após o gol, e se enrolou na marcação junto com o árbitro, que acabou por dar o gol. A polícia teve de intervir, e o jogo ficou parado por uns 10 minutos. Após a confusão, Cristóvão foi expulso pelo lado tunante. Alguns minutos após o lance, o auxiliar desmaiou e foi atendido pelo médico remista. Sabe Deus o que houve com ele...
Jogador cruzmaltino reclama com o bandeirinha, que nem esboçou reação
Mais um lance inusitado após o gol de Dantas: Léo Rodrigues, o bom goleiro reserva do Clube do Remo, foi ao encontro do centroavante e o abraçou, apontando para ele e xingando a torcida. "Vão tomar no **, esse cara é bom! Tão vendo!? Esse cara é bom!", foi o que eu ouvi (o lance foi bem na minha frente, bem próximo do gradeado). Após, toda vez que ele passava se aquecendo próximo aos torcedores, esses o xingavam e berravam, pedindo que ele respeitasse a torcida do seu time. Concordo plenamente. Dantas é um jogador medíocre, tem deficiências visíveis no toque de bola, no posicionamento e na finalização. Só fez esses dois gols (o outro foi contra o Paysandu) porquê foi muito bem servido por seus companheiros. "Não fez mais do que a obrigação dele", comentou meu pai. O Léo foi muito infeliz, ainda mais do jeito que falou com a Fenômeno, que merece respeito.
Léo Rodrigues perde a compostura e dispara contra a torcida após gol de Dantas (ao fundo, com a boca aberta)
Após os 3x1, os volantes do Remo começaram a querer brincar na defesa. Foi o caso de Moisés, excelente jogador, mas que ontem foi abaixo de sua média. Em uma das suas, tentou driblar o atacante na lateral e perdeu a bola. O mesmo correu até perto da área e foi derrubado por Paulo Sérgio: falta. Após a cobrança, um bate e rebate se seguiu até que Bruno Prado completou para o fundo das redes de Lopes: 3x2. Adriano, bem à minha frente, nem comemorou. Sinal de que seu coração é indiscutivelmente leonino.
Sentindo o bom momento da Tuna, o esperto Paulo Comelli sacou Dantas para a entrada de Tiago Marabá. E não deu outra: a estrela deste belo jogador brilhou, e 1 minuto após sua entrada ele fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Rafael Granja completar para o gol: Remo 4x2.
Para completar a goleada, Marlon, no final do jogo, fez boa jogada pela esquerda e cruzou para Rafael Granja, dessa vez de cabeça, fazer mais um: Remo 5x2. Essa, eu confesso: não sei se não estava impedido. No mínimo na mesma linha. Mas pra Tuna não era negócio reclamar... Fim de jogo, uma vitória com "v" maiúsculo, indiscutível. O "time pequeno" jogou como grande: com raça e disposição. Mas tecnicamente inferior, não conseguiu suportar o ataque azulino, que em sua melhor atuação na temporada aproveitou quase todas as chances criadas e meteu 5 no ídolo Adriano, que ainda evitou um vexame luso ao realizar ótimas defesas. Uma delas saindo da área, e, com a bola nos pés ao melhor estilo Rogério Ceni (salvo comparações, apesar de também já ter feito gols de pênalti e falta), driblando um jogador remista e chutando para frente.
Após o término da partida, presenciei uma das mais belas cenas da minha [recente] vida futebolística: o "Paredão", como é carinhosamente chamado pela torcida azulina, foi aclamado pela torcida de seu ex-time, que levou uma gigantesca bandeira com seu nome e caricatura para exibir no Baenão.
Bandeirão em homenagem ao goleiro
Com gestos de agradecimento e muito emocionado, o arqueiro de 35 anos foi um dos últimos jogadores a sair de campo. Por fim, jogou a blusa pra torcida - a preta, que usava por baixo da cruzmaltina, é claro. Já tinha sido bonito ver a torcida aplaudindo o ex-goleiro Evandro, que jogava pelo Independente, na partida da 7ª rodada do 1º turno. Mas isso foi maravilhoso. O carinho que todos nós temos pelo Paredão Azulino ultrapassa más atuações e mudanças de time. Tem a ver com identificação e entrega. Pelo mesmo motivo, Landú e Zé Augusto, mesmo não sendo jogadores excepcionais, são ídolos do Remo e Paysandu, respectivamente.
Aliás, com os boatos de que o goleiro Lopes estaria de saída para o Fortaleza após o campeonato paraense, surgem outros de que beneméritos azulinos (os mesmos que trouxeram o Finazzi, quem sabe?) estariam fazendo de tudo para trazer Adriano de volta. Será?
No mais, foi uma excelente partida, apesar do estado do gramado, que enfrentou uma pesada chuva na tarde de ontem. O público não foi grande coisa, pela chuva e pelo caos que estava a cidade ontem: apenas 5.000 pessoas. Apesar de que isso já é recorde de público lá do outro lado da Almirante...
Com a vitória, o Remo assumiu a liderança com 13 pontos, ao lado do São Raimundo, mas perdendo no saldo de gols. Dependeria do maior rival para terminar o 2º turno em 1º. Até parece... Peço perdão pelas poucas imagens, não encontrei muitas na internet desse jogo... Os fotógrafos ganham pra quê afinal? Da próxima, levarei minha câmera e tirarei eu mesmo.
Um abraço e até a próxima! Saudações azulinas!
quinta-feira, 7 de abril de 2011
O massacre no Rio e uma polêmica
Hoje a história humana escreveu mais um capítulo sangrento em sua existência. Foi o dia em que a sociedade brasileira deparou-se com algo que achava que só existia em outros países, como os EUA, onde o Bullying é frequente e explícito.
Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, entrou em uma escola no município de Realengo, interior do Rio, alegando que faria uma palestra. Por ter sido ex-aluno, já conhecido, sua entrada foi permitida. Adentrou uma das salas, sacou os dois revólveres de sua mochila e disparou contra dezenas de crianças inocentes. A maioria na cabeça, fazendo (até o momento) 13 vítimas fatais.
Os depoimentos dos sobreviventes são assustadores. Meninas de 12 anos contam, abaladas, como viram colegas de classe serem mortos bem na sua frente. O assassino trocou tiros com um policial e, após, tirou a própria vida. Uma tragédia sem precedentes na história do nosso país, e que nos leva a refletir sobre as razões que levam uma pessoa a cometer tal atrocidade. Teria um crime cometido com tanta frieza e covardia, justificativa? Não se sabe muito até agora sobre ele, só que seus pais morreram e ele morava com sua irmã, mas há cerca de 8 meses foi morar sozinho e mudou de personalidade, tornando-se recluso e antissocial.
Ontem mesmo, em minha classe na universidade, debatíamos sobre isso. Usamos como exemplo o caso daquele rapaz que, dirigindo bêbado em alta velocidade, bateu num carro e matou uma pessoa na 1º de dezembro um tempo desses. O juiz deu liberdade provisória a ele por ser réu primário, e muitos na sala ficaram revoltados com isso. Outros, no entanto, defendiam que o juiz estava certo, que o réu tem alguns direitos estabelecidos em lei, e que não podemos julgar alguém de uma vez, pois é preciso analisar diversos fatores, como ambiente, base familiar, etc.
Acho que o mesmo se aplica neste caso. Mas aí vem a pergunta fundamental: até que ponto a justiça deve ser benevolente com quem comete este tipo de crime, que supera o conceito de hediondo? Independente do que passou na infância, ou com sua família, que direito este homem tinha de tirar a vida de crianças inocentes, com todo um futuro pela frente? Se ele não tivesse se matado, com certeza seu julgamento seria uma nova comoção nacional, como foi o do caso Isabella Nardoni.
Em uma carta deixada pelo assassino, encontrada em suas roupas pelos policiais, Wellington fala com muito desgosto da raça humana, colocando os animais como seres que necessitam de proteção. Se diz também um ser puro, e que precisa que alguém ore para que Deus o perdoe por tal ato (clique aqui para ler a carta na íntegra). Até onde a psicologia explica isso? Até onde a assistência social cobre tal desequilíbrio? São perguntas que todos se fazem, e que nós, futuros juristas, teremos de responder no futuro. Espero que encontremos o ponto médio entre sobriedade e justiça; que não sejamos eufóricos ou frios demais a ponto de cometer injustiças.
Às famílias das vítimas, só posso desejar minhas sinceras condolências. Confesso que chorei assistindo alguns depoimentos, entre eles o de uma garotinha de 12 anos que segurava a mão da amiguinha no momento em que ela foi alvejada na testa, após ter dito a ela: "Não quero morrer!". É uma tragédia horrível que pegou a todos de surpresa, e que esperamos que nunca mais se repita.
Que Deus tenha todas as almas dessas inocentes cujo futuro foi interrompido de forma abrupta e cruel.
Wellington Menezes de Oliveira, de 24 anos, entrou em uma escola no município de Realengo, interior do Rio, alegando que faria uma palestra. Por ter sido ex-aluno, já conhecido, sua entrada foi permitida. Adentrou uma das salas, sacou os dois revólveres de sua mochila e disparou contra dezenas de crianças inocentes. A maioria na cabeça, fazendo (até o momento) 13 vítimas fatais.
Os depoimentos dos sobreviventes são assustadores. Meninas de 12 anos contam, abaladas, como viram colegas de classe serem mortos bem na sua frente. O assassino trocou tiros com um policial e, após, tirou a própria vida. Uma tragédia sem precedentes na história do nosso país, e que nos leva a refletir sobre as razões que levam uma pessoa a cometer tal atrocidade. Teria um crime cometido com tanta frieza e covardia, justificativa? Não se sabe muito até agora sobre ele, só que seus pais morreram e ele morava com sua irmã, mas há cerca de 8 meses foi morar sozinho e mudou de personalidade, tornando-se recluso e antissocial.
Ontem mesmo, em minha classe na universidade, debatíamos sobre isso. Usamos como exemplo o caso daquele rapaz que, dirigindo bêbado em alta velocidade, bateu num carro e matou uma pessoa na 1º de dezembro um tempo desses. O juiz deu liberdade provisória a ele por ser réu primário, e muitos na sala ficaram revoltados com isso. Outros, no entanto, defendiam que o juiz estava certo, que o réu tem alguns direitos estabelecidos em lei, e que não podemos julgar alguém de uma vez, pois é preciso analisar diversos fatores, como ambiente, base familiar, etc.
Acho que o mesmo se aplica neste caso. Mas aí vem a pergunta fundamental: até que ponto a justiça deve ser benevolente com quem comete este tipo de crime, que supera o conceito de hediondo? Independente do que passou na infância, ou com sua família, que direito este homem tinha de tirar a vida de crianças inocentes, com todo um futuro pela frente? Se ele não tivesse se matado, com certeza seu julgamento seria uma nova comoção nacional, como foi o do caso Isabella Nardoni.
Em uma carta deixada pelo assassino, encontrada em suas roupas pelos policiais, Wellington fala com muito desgosto da raça humana, colocando os animais como seres que necessitam de proteção. Se diz também um ser puro, e que precisa que alguém ore para que Deus o perdoe por tal ato (clique aqui para ler a carta na íntegra). Até onde a psicologia explica isso? Até onde a assistência social cobre tal desequilíbrio? São perguntas que todos se fazem, e que nós, futuros juristas, teremos de responder no futuro. Espero que encontremos o ponto médio entre sobriedade e justiça; que não sejamos eufóricos ou frios demais a ponto de cometer injustiças.
Às famílias das vítimas, só posso desejar minhas sinceras condolências. Confesso que chorei assistindo alguns depoimentos, entre eles o de uma garotinha de 12 anos que segurava a mão da amiguinha no momento em que ela foi alvejada na testa, após ter dito a ela: "Não quero morrer!". É uma tragédia horrível que pegou a todos de surpresa, e que esperamos que nunca mais se repita.
Que Deus tenha todas as almas dessas inocentes cujo futuro foi interrompido de forma abrupta e cruel.
domingo, 27 de março de 2011
O maior goleiro-artilheiro do planeta e seus 100 gols!
Uma tarde quente de sol em Barueri, no interior de São Paulo. Bom clima na Arena que carrega o nome da cidade. Nas arquibancadas, duas torcidas rivais, opostas, representando dois dos maiores times do Brasil. Em campo, 22 jogadores pensando numa só coisa: a liderança do campeonato paulista. De um lado, descontração e muita confiança de uma equipe que vinha de ótima vitória sobre o Oeste, e que mantinha um ótimo tabu de 4 anos e 11 jogos sem perder para o adversário. Do outro, concentração e tensão de um time que vinha de derrota para o modesto porém bem montado Paulista, e cuja garganta estava entalada com o dito tabu . Provocações de um lado, cânticos de outro, tudo conforme um clássico da grandeza do "Majestoso", como é chamado São Paulo x Corinthians. Era o palco perfeito para um grande feito, uma marca histórica. Algo que os torcedores e espectadores jamais esqueceriam.
O Corinthians começou melhor, criando mais jogadas e sendo mais ofensivo. O São Paulo, quando chegava ao gol, pecava na finalização. Alex Silva e Miranda iam se virando como podiam lá atrás. O tabu ia se mantendo.
No entanto, aos 40 minutos, em linda jogada individual e uma categoria de atacante de seleção, Dagoberto, de fora da área, acerta um lindo chute no canto esquerdo do goleiro Júlio César. 1x0 Tricolor Paulista.
No 2º tempo, o Corinthians volta assustando. Em ótima jogada pela esquerda, Jorge Henrique recebe de frente para o gol tricolor, chuta e a bola resvala na mão de Alex Silva, enganando o goleiro. Indefensável para muitos. Mas aquele embaixo do arco não era qualquer um. O maior goleiro-artilheiro da história do futebol mundial, num ato de puro reflexo, já caindo, de mão trocada, faz ótima defesa e salva o gol de empate do Corinthians.
O São Paulo responde com Fernandinho, que faz ótima jogada à frente da área alvinegra e sofre falta no meio de 3 marcadores. O lado? Esquerdo, perfeito para um destro. A distância era ótima para quem bate colocado, por cima da barreira. Cobrador destro, que bate colocado por cima da barreira... Sim, a resposta não poderia ser outra. Tinha de ser ele: Rogério Ceni.
Ao avistar a oportunidade, eis que surge o MITO, caminhando calmamente de sua meta até o outro lado do campo, onde encontraria seu destino. A torcida sãopaulina vibra, ansiosa por comemorar o que seria um feito histórico: o 100º gol de um goleiro, batendo todos os recordes que nenhum outro jamais alcançou. A torcida corintiana fica aflita, sabe que o momento é excelente para o adversário, e que Júlio César, apesar de bom goleiro, apanha de suas próprias barreiras.
Mas Ceni nada tem a ver com isso. Pega a bola, beija, faz uma prece. Ajeita com carinho na marca delimitada pelo árbitro. Um pouquinho fora, na verdade. A barreira se ajeita, cobrindo o canto direito do goleiro alvinegro. O árbitro apita. O MITO corre em direção à bola, inclina o corpo para a direita e bate, de chapa, com curva, como manda o figurino. Milhares de olhos acompanham a esfera que viaja, viaja, lentamente, superando a barreira corintiana e voando em direção ao gol... Tantos são os sentimentos naquele momento, tantas são as coisas que passam pela cabeça de todos, em especial do cobrador daquela falta. O goleiro pula na bola, toca-a com os dedos, mas não é suficiente para desviá-la do seu curso. Aquele era o destino daquele pedaço de couro branco naquele dia: tornar-se o objeto do 100º gol do maior goleiro de todos os tempos. Ela ultrapassa a linha e morre no fundo das redes. Rogério Ceni, o MITO, o capitão do TRI brasileiro, BI da Libertadores, do Mundial Interclubes, e campeão do mundo com a seleção em 2002, explode. Ele, que sempre foi sereno após marcar seus gols, euforiza-se e sai correndo em direção à torcida. Gira a camisa no ar e comemora como se tivesse ganho a Copa do Mundo novamente. Os companheiros o abraçam, parabenizam, e ajudam-no a vestir sua camisa comemorativa aos 100 gols. Fogos de artifício no céu, gritos nas arquibancadas. Quase 5 minutos de comemoração, e o Capitão tricolor recebe cartão amarelo por atrasar o jogo. O mais feliz que já recebeu em toda a sua carreira.
O Corinthians começou melhor, criando mais jogadas e sendo mais ofensivo. O São Paulo, quando chegava ao gol, pecava na finalização. Alex Silva e Miranda iam se virando como podiam lá atrás. O tabu ia se mantendo.
No entanto, aos 40 minutos, em linda jogada individual e uma categoria de atacante de seleção, Dagoberto, de fora da área, acerta um lindo chute no canto esquerdo do goleiro Júlio César. 1x0 Tricolor Paulista.
No 2º tempo, o Corinthians volta assustando. Em ótima jogada pela esquerda, Jorge Henrique recebe de frente para o gol tricolor, chuta e a bola resvala na mão de Alex Silva, enganando o goleiro. Indefensável para muitos. Mas aquele embaixo do arco não era qualquer um. O maior goleiro-artilheiro da história do futebol mundial, num ato de puro reflexo, já caindo, de mão trocada, faz ótima defesa e salva o gol de empate do Corinthians.
O São Paulo responde com Fernandinho, que faz ótima jogada à frente da área alvinegra e sofre falta no meio de 3 marcadores. O lado? Esquerdo, perfeito para um destro. A distância era ótima para quem bate colocado, por cima da barreira. Cobrador destro, que bate colocado por cima da barreira... Sim, a resposta não poderia ser outra. Tinha de ser ele: Rogério Ceni.
Ao avistar a oportunidade, eis que surge o MITO, caminhando calmamente de sua meta até o outro lado do campo, onde encontraria seu destino. A torcida sãopaulina vibra, ansiosa por comemorar o que seria um feito histórico: o 100º gol de um goleiro, batendo todos os recordes que nenhum outro jamais alcançou. A torcida corintiana fica aflita, sabe que o momento é excelente para o adversário, e que Júlio César, apesar de bom goleiro, apanha de suas próprias barreiras.
Mas Ceni nada tem a ver com isso. Pega a bola, beija, faz uma prece. Ajeita com carinho na marca delimitada pelo árbitro. Um pouquinho fora, na verdade. A barreira se ajeita, cobrindo o canto direito do goleiro alvinegro. O árbitro apita. O MITO corre em direção à bola, inclina o corpo para a direita e bate, de chapa, com curva, como manda o figurino. Milhares de olhos acompanham a esfera que viaja, viaja, lentamente, superando a barreira corintiana e voando em direção ao gol... Tantos são os sentimentos naquele momento, tantas são as coisas que passam pela cabeça de todos, em especial do cobrador daquela falta. O goleiro pula na bola, toca-a com os dedos, mas não é suficiente para desviá-la do seu curso. Aquele era o destino daquele pedaço de couro branco naquele dia: tornar-se o objeto do 100º gol do maior goleiro de todos os tempos. Ela ultrapassa a linha e morre no fundo das redes. Rogério Ceni, o MITO, o capitão do TRI brasileiro, BI da Libertadores, do Mundial Interclubes, e campeão do mundo com a seleção em 2002, explode. Ele, que sempre foi sereno após marcar seus gols, euforiza-se e sai correndo em direção à torcida. Gira a camisa no ar e comemora como se tivesse ganho a Copa do Mundo novamente. Os companheiros o abraçam, parabenizam, e ajudam-no a vestir sua camisa comemorativa aos 100 gols. Fogos de artifício no céu, gritos nas arquibancadas. Quase 5 minutos de comemoração, e o Capitão tricolor recebe cartão amarelo por atrasar o jogo. O mais feliz que já recebeu em toda a sua carreira.
Rogério gira a blusa dourada com a qual entrou em campo após a marca histórica
O Corinthians ainda tentou reagir e manter o tabu, e conseguiu diminuir com Dentinho, em jogada semelhante à de Dagoberto. Mas parou por aí. O dia era dele, do MITO, do MAIOR DO MUNDO, que ainda fez excelente defesa com a perna esquerda após bicicleta desengonçada de Liedson. O juiz, após 6 minutos de acréscimo, apita o final do jogo. Festa de mais de 17 milhões de sãopaulinos pelo país. Finalmente acontecia, após 20 anos de uma brilhante e vitoriosa carreira, o feito que viria para consagrar Rogério Ceni, o MITO, como o MAIOR GOLEIRO DA HISTÓRIA. Nem Dida, nem Júlio César, nem Taffarel, nem Zetti (de quem foi reserva durante anos), nem Marcos, nem Buffon, nem Van Der Saar, nem Casillas, nem Lev Yashin. Nenhum deles fez o que este jogador de 38 anos, um dos mais íntegros desportistas do mundo, fez. Pois suas mãos podem ter trabalhado firme e maestralmente, mas seus pés jamais conhecerão a habilidade que os de Ceni conhecem.
PARABÉNS ROGÉRIO MÜCKE CENI, pelo 100º gol de sua extraordinária carreira! Não há quem, independente do time, não se ajoelhe perante sua maestria!
O MELHOR DA HISTÓRIA É NOSSO! É DO SOBERANO!!
PARABÉNS ROGÉRIO MÜCKE CENI, pelo 100º gol de sua extraordinária carreira! Não há quem, independente do time, não se ajoelhe perante sua maestria!
O MELHOR DA HISTÓRIA É NOSSO! É DO SOBERANO!!
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Uma excelente atuação e o 5º maior público do país!
Assim foi o jogo entre Remo e São Raimundo, pela 1ª Rodada do Campeonato Paraense 2011, no dia 24/01, no Baenão. O Fenômeno Azul, que lotou o Evandro Almeida, foi pra casa satisfeito. O time foi vibrante e conseguiu uma vitória maiúscula sobre a Pantera de Santarém - que vai virando freguês do Leão, desde o ano passado sem vencer nem um confronto sequer.
A parte mais deficiente do time no ano passado - a defesa - se mostrou muito bem postada e não tomou nenhum gol nestes 4 jogos que o Clube do Remo já realizou este ano (2 pelo Torneio do Suriname e 1 amistoso em Barcarena). Destaque para Rafael Morisco na zaga azulina.
Já outro setor bastante questionado, o ataque, exibiu melhoras consideráveis. Tiago Marabá foi um dos nomes do jogo, com ótimas jogadas em velocidade pelo lado direito e ótimos cruzamentos para a área. E foi num desses cruzamentos que Marlon subiu mais que toda a zaga da Pantera e abriu, de cabeça, o placar para o Leão Azul: 1x0.
Lateral-esquerdo chama a torcida após gol único do 1º tempo
No 2º tempo, ao contrário do que fazia no ano passado, o Remo continuou a pressionar a zaga do São Raimundo mesmo com o placar favorável. E a pressão deu resultado. Aos 27 minutos, após boa jogada de Marlon pela esquerda e cruzamento preciso, Elsinho, de carrinho, ampliou para o Filho da Glória e do Triunfo: 2x0
A Pantera Mocoronga não oferecia riscos para o dono da casa, e mesmo assim o Remo continuou jogando pra frente. Rendida, a zaga dos visitantes não conseguiu evitar o 3º gol do volante San, de cabeça, após escanteio batido por quem? Ele mesmo, Marlon, o nome do jogo!
San, que junto com Marlon é um dos mais veteranos na equipe, beija o escudo do Remo após gol
O árbitro da partida foi bastante condescendente com os jogadores do São Raimundo, inclusive deixando de expulsar um deles após um carrinho por trás no jogador leonino. Mas no final do jogo, foi obrigado a dar o 2º amarelo para o camisa 14 da Pantera após falta dura no meio de campo.
Jogadores santarenos não se conformam com a expulsão aos 42 do segundo tempo
Além do posicionamento tático da equipe, cujo ataque não ficou em impedimento uma única vez, destaque para o seu preparo físico. Com uma média de idade de 21 anos, o time correu os 90 minutos inteiros, em especial os laterais Marlon e Elsinho e o atacante Tiago Marabá.
Outra notícia muito bacana foi a que descobri pesquisando os públicos da 1ª rodada dos principais campeonatos estaduais do país (paulista, carioca e gaúcho; o mineiro ainda não começou): o público deste jogo foi o 5º melhor dentre todos os outros, ficando atrás apenas de Corinthians, Fluminense, Grêmio e Botafogo! Vasco, São Paulo, Internacional, Santos, Palmeiras e até mesmo o Flamengo foram decepcionantes em suas estreias. Confiram o ranking que montei:
1º - Corinthians 2 x 0 Portuguesa - Público: 22.472
2º - Bangu 0 x 1 Fluminense - Público: 19.206
3º - Grêmio 2x2 Lajeadense - Público: 15.272
4º - Botafogo 2 x 1 Duque de Caxias (20/01/2011) - Público: 14.305
5º - Remo 3x0 São Raimundo (24/11/2011) - Público: 11.196
6º - Palmeiras 0x0 Botafogo-SP - Público: 7.043
7º - Flamengo 2x0 Volta Redonda (19/11/2011) - Público: 6.881
8º - Vasco 0 x 1 Resende (19/01/2011) - Público: 6.305
9º - Mogi Mirim 0 X 2 São Paulo - Público: 5.166
10º - Linense 1 x 4 Santos - Público: 4.875
11º - Cruzeiro-RS 1x0 Internacional - Público: 892 (!!!)
Isso porquê a capacidade do Baenão foi reduzida. Não fosse por isso, será que teríamos ultrapassado Botafogo e Grêmio?
Meus sinceros parabéns à Fenômeno Azul e ao time do Clube do Remo! Que continuemos com essa garra e sintonia até o final da temporada, e se Deus quiser essa série D já é nossa!
Aplaudam a Fenômeno e sejam aplaudidos, guerreiros!
Abraços e saudações azulinas a todos!
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
Muito drama, muita emoção e a vitória!
Assim pode ser definido o jogo do título que acaba de conquistar nesta tarde a Tuna Luso Brasileira. A águia guerreira do Souza ficou em 1º lugar na 1ª fase do Campeonato Paraense 2011, e classifica-se assim à 1ª divisão do mesmo, juntamente com o Castanhal. Sou remista de coração, mas confesso que torci muito pela equipe, pois considero que uma força incontestável do futebol paraense E nacional não pode ficar de fora da divisão de elite do nosso futebol.
A situação hoje, antes da última rodada, era a seguinte: Castanhal em 1º lugar, com 13 pontos; Ananindeua em 2º, com 12 pontos e Tuna em 3º também com 12 pontos, porém perdendo no saldo de gols. Precisava ganhar e torcer por um empate ou derrota de um dos times à sua frente, já que só há duas vagas para a 1ª divisão. O Ananindeua jogou com o Time Negra (ou "Papão B", como alguns chamam, por se tratar de um projeto de base do Paysandu - fracassado, por sinal), último colocado e já rebaixado para a 2ª divisão. Um time sem qualidade e perspectiva de coisa alguma, mas que segurou um empate heroico (olha a nova ortografia aí, gente!) contra a Tartaruga do ex-Leão e injustiçado Landú. A mesma coisa o Sport Belém contra o Castanhal. Agora só dependia da Tuna ganhar lá em Mãe do Rio do Santa Rosa, também rebaixado.
O jogo, que começou com 20 minutos de atraso, foi muito tenso, com a Tuna precisando da vitória para se classificar e o Santa para se escapar do rebaixamento. O 1º tempo passou em branco. No 2º, aos 19, pênalti para a águia do Souza. Fininho (se apresenta no Remo segunda feira) bateu e abriu o placar: 1x0 Tuna.
Mas a alegria cruzmaltina durou apenas 1 minuto. Num contra-ataque fulminante, o Santa Rosa empatou a partida. Tudo igual no Jãozão.
Com todos os outros jogos da rodada encerrados e os olhos voltados para este jogo, a Tuna seguia pressionando pelo gol da vitória, da classificação e, com o empate dos dois rivais, do título. Chegava à frente da área e chutava para fora. 42 minutos e nada. O juiz deu 3 minutos de acréscimo. É então que, aos 47, o meia Giovane faz o tão esperado gol da vitória. Tuna 2x1 Santa Rosa. É festa no Souza hoje!
Meus sinceros parabéns à equipe, que começou perdendo para o Castanhal e apresentando um futebol medíocre, mas que cresceu na competição e com muito foco e raça, chegou a esse título, e o mais importante, à classificação. Mostraram porquê tem uma torcida reduzida, porém fiel, no estado do Pará.
Que consigam excelente classificação no Parazão 2011! Campeão infelizmente não serão, porquê essa taça já é do meu Leão - mas vai ser bom não ver um RePlay na final, só pra variar.
Abraço, e até a próxima!
A situação hoje, antes da última rodada, era a seguinte: Castanhal em 1º lugar, com 13 pontos; Ananindeua em 2º, com 12 pontos e Tuna em 3º também com 12 pontos, porém perdendo no saldo de gols. Precisava ganhar e torcer por um empate ou derrota de um dos times à sua frente, já que só há duas vagas para a 1ª divisão. O Ananindeua jogou com o Time Negra (ou "Papão B", como alguns chamam, por se tratar de um projeto de base do Paysandu - fracassado, por sinal), último colocado e já rebaixado para a 2ª divisão. Um time sem qualidade e perspectiva de coisa alguma, mas que segurou um empate heroico (olha a nova ortografia aí, gente!) contra a Tartaruga do ex-Leão e injustiçado Landú. A mesma coisa o Sport Belém contra o Castanhal. Agora só dependia da Tuna ganhar lá em Mãe do Rio do Santa Rosa, também rebaixado.
O jogo, que começou com 20 minutos de atraso, foi muito tenso, com a Tuna precisando da vitória para se classificar e o Santa para se escapar do rebaixamento. O 1º tempo passou em branco. No 2º, aos 19, pênalti para a águia do Souza. Fininho (se apresenta no Remo segunda feira) bateu e abriu o placar: 1x0 Tuna.
Mas a alegria cruzmaltina durou apenas 1 minuto. Num contra-ataque fulminante, o Santa Rosa empatou a partida. Tudo igual no Jãozão.
Com todos os outros jogos da rodada encerrados e os olhos voltados para este jogo, a Tuna seguia pressionando pelo gol da vitória, da classificação e, com o empate dos dois rivais, do título. Chegava à frente da área e chutava para fora. 42 minutos e nada. O juiz deu 3 minutos de acréscimo. É então que, aos 47, o meia Giovane faz o tão esperado gol da vitória. Tuna 2x1 Santa Rosa. É festa no Souza hoje!
Meus sinceros parabéns à equipe, que começou perdendo para o Castanhal e apresentando um futebol medíocre, mas que cresceu na competição e com muito foco e raça, chegou a esse título, e o mais importante, à classificação. Mostraram porquê tem uma torcida reduzida, porém fiel, no estado do Pará.
Que consigam excelente classificação no Parazão 2011! Campeão infelizmente não serão, porquê essa taça já é do meu Leão - mas vai ser bom não ver um RePlay na final, só pra variar.
Abraço, e até a próxima!
terça-feira, 16 de novembro de 2010
A crise do PanAmericano e o reconhecimento de Silvio Santos
Recentemente, o mercado financeiro do Brasil foi sacudido por uma notícia surpreendente: o banco PanAmericano, pertencente ao grupo Silvio Santos, havia sofrido um golpe e estava com um rombo de mais de 2,5 bilhões de reais. A repercussão foi imediata. As ações da empresa caíram, investidores perderam dinheiro e aqueles que dependiam financeiramente do mesmo entraram em desespero. Afinal, a quebra de um banco do porte do PanAmericano seria desastrosa para a economia nacional e - por quê não? - sulamericana. "Seria", pois o banco não faliu. Para cobrir o rombo, o empresário Silvio Santos reuniu suas outras várias empresas (Baú da Felicidade, SBT, Jequiti, etc) e ofereceu como garantia para conseguir um empréstimo, a ser pago em 10 anos.
Para muitos jovens de até 30 anos, como eu, que já nasceram ouvindo falar do Silvio e sabendo de seu patrimônio, é no mínimo estranha a frase "Silvio Santos está pobre". Claro que a verdade não é bem essa, mas que ele agora possui uma dívida gigante sobre os ombros, possui. Após declarar que "quem pagar a dívida leva o SBT", especulações já foram feitas, inclusive a de que Eike Batista, o maior bilionário do Brasil, estaria interessado em adquirir a empresa. Os parentes de Silvio estão sendo demitidos do grupo SS, e a moral do empresário certamente deve estar em baixa.
Agora há pouco, no entanto, li uma notícia que muito me alegrou: a de que telespectadores estariam oferecendo mensagens de apoio e ajuda financeira ao apresentador, que já recebeu dezenas de e-mails e cartas. Duas delas:
Me alegra em ver que o povo brasileiro, mesmo com sua simplicidade e não estando em plenas condições de ajudar ninguém, queira ajudar a salvar da falência um poderoso empresário. Explico: Silvio não é um milionário qualquer. Não nasceu rico, nem ganhou na loteria nem herdou uma grande quantia. Pelo contrário. Todos sabem qual foi uma das primeiras profissões do apresentador: camelô. Um homem simples, que veio de baixo, e começou sua carreira em uma continuação da extinta TV Tupi, que agora lhe pertence, a SBT (que até então, antes do seu programa de auditório, não era notável).
A TeleSena, o Baú da Felicidade, todos são formas de ganhar dinheiro, é verdade. Mas as pessoas se sentem agradecidas por terem esse tipo de programa. Do Teleton, então, nem se fala. O carisma do apresentador não é um falso, temporário, como o de José Serra. Ele realmente gosta de estar com as pessoas, se diverte, e é feliz no que faz - e não apenas pelo dinheiro. Tanto que até transferiu este sentimento para o novo slogan da Rede Televisiva: "SBT: A TV mais feliz do Brasil".
Falem o que quiser de Silvio Santos, mas que sua credibilidade e reconhecimento pelas massas são enormes, são. E Vox Populi, Vox Dei. Esperem pra ver se aconteceria o mesmo caso uma das filiais da Globo falisse. Nada! Uma emissora elitizada, que defendeu a ditadura militar e lavou as mentes do povo para que elegessem Collor de Mello e que hoje fala em "liberdade de imprensa" jamais teria uma prova deste reconhecimento que Silvio está tendo agora.
Isso me lembra as teorias do nosso querido Maquiavel, que dizia que, em certos casos, é melhor ser temido do que amado. Bom, se há casos em que isso é verdade, não discutirei aqui. Mas nesse específico, a repressão, a tortura e o despotismo da ditadura (patrocinada pelas Organizações Roberto Marinho) geraram sentimentos que em nada se comparam aos que Silvio conseguiu despertar na população brasileira. A ditadura conseguiu terror, e não respeito; Silvio conseguiu amor e respeito ao mesmo tempo. E agora,José Nicolau?
Portanto, deixo aqui meus sinceros parabéns a um dos maiores empresários desse país, e que conquistou esse povo maravilhoso através de seu carisma e suor (assim com um dos meus maiores ídolos , o Tio Patinhas!). Que o grupo Silvio Santos se reerga e que o SBT não tenha de ser vendido, e que o nosso apresentador preferido continue proporcionando tardes de entretenimento [a quem assiste o programa] - e muitos Top Fives do CQC.
Um abraço, e até a próxima!
Para muitos jovens de até 30 anos, como eu, que já nasceram ouvindo falar do Silvio e sabendo de seu patrimônio, é no mínimo estranha a frase "Silvio Santos está pobre". Claro que a verdade não é bem essa, mas que ele agora possui uma dívida gigante sobre os ombros, possui. Após declarar que "quem pagar a dívida leva o SBT", especulações já foram feitas, inclusive a de que Eike Batista, o maior bilionário do Brasil, estaria interessado em adquirir a empresa. Os parentes de Silvio estão sendo demitidos do grupo SS, e a moral do empresário certamente deve estar em baixa.
Agora há pouco, no entanto, li uma notícia que muito me alegrou: a de que telespectadores estariam oferecendo mensagens de apoio e ajuda financeira ao apresentador, que já recebeu dezenas de e-mails e cartas. Duas delas:
A matéria completa você pode conferir aqui: UOL Notícias"Pessoal do SBT", começa a primeira mensagem, "Peço que mandem uma conta do Grupo SS para que eu possa depositar um pouquinho das minhas economias para ajudar o Silvio que tanto tem ajudado o povo sofrido. (Assinado Jorge)"
"Silvio você é o cara. Já ajudou muita gente e agora é nossa vez de ajudar." (Adriano, via hotmail)
Me alegra em ver que o povo brasileiro, mesmo com sua simplicidade e não estando em plenas condições de ajudar ninguém, queira ajudar a salvar da falência um poderoso empresário. Explico: Silvio não é um milionário qualquer. Não nasceu rico, nem ganhou na loteria nem herdou uma grande quantia. Pelo contrário. Todos sabem qual foi uma das primeiras profissões do apresentador: camelô. Um homem simples, que veio de baixo, e começou sua carreira em uma continuação da extinta TV Tupi, que agora lhe pertence, a SBT (que até então, antes do seu programa de auditório, não era notável).
A TeleSena, o Baú da Felicidade, todos são formas de ganhar dinheiro, é verdade. Mas as pessoas se sentem agradecidas por terem esse tipo de programa. Do Teleton, então, nem se fala. O carisma do apresentador não é um falso, temporário, como o de José Serra. Ele realmente gosta de estar com as pessoas, se diverte, e é feliz no que faz - e não apenas pelo dinheiro. Tanto que até transferiu este sentimento para o novo slogan da Rede Televisiva: "SBT: A TV mais feliz do Brasil".
Falem o que quiser de Silvio Santos, mas que sua credibilidade e reconhecimento pelas massas são enormes, são. E Vox Populi, Vox Dei. Esperem pra ver se aconteceria o mesmo caso uma das filiais da Globo falisse. Nada! Uma emissora elitizada, que defendeu a ditadura militar e lavou as mentes do povo para que elegessem Collor de Mello e que hoje fala em "liberdade de imprensa" jamais teria uma prova deste reconhecimento que Silvio está tendo agora.
Isso me lembra as teorias do nosso querido Maquiavel, que dizia que, em certos casos, é melhor ser temido do que amado. Bom, se há casos em que isso é verdade, não discutirei aqui. Mas nesse específico, a repressão, a tortura e o despotismo da ditadura (patrocinada pelas Organizações Roberto Marinho) geraram sentimentos que em nada se comparam aos que Silvio conseguiu despertar na população brasileira. A ditadura conseguiu terror, e não respeito; Silvio conseguiu amor e respeito ao mesmo tempo. E agora,
Portanto, deixo aqui meus sinceros parabéns a um dos maiores empresários desse país, e que conquistou esse povo maravilhoso através de seu carisma e suor (assim com um dos meus maiores ídolos , o Tio Patinhas!). Que o grupo Silvio Santos se reerga e que o SBT não tenha de ser vendido, e que o nosso apresentador preferido continue proporcionando tardes de entretenimento [a quem assiste o programa] - e muitos Top Fives do CQC.
Um abraço, e até a próxima!
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